O sonho é uma experiência que tem significados diferentes se o debate entre religião, ciência e cultura for ampliado. Para a ciência, é uma experiência da imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Para Freud, os sonhos noturnos são gerados na busca da realização de um desejo reprimido. Recentemente, descobriu-se que mesmo os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sono, mas não se sabe o quê. Em várias tradições culturais e religiosas, o sono aparece vestido com poderes premonitórios ou mesmo com uma expansão da consciência.
Para a psicanálise, o sono é o “espaço para desejos inconscientemente reprimidos”. O pesquisador James Allan Hobson considerou que “os sonhos são meros subprodutos da atividade cerebral noturna”. Há duas fases do sono. A primeira é o sono de ondas lentas, em que a atividade cerebral é baixa e, portanto, não se formam filmes em nossa mente, mas apenas pensamentos mais ou menos normais que passam por uma espécie de tela escura, em imagens. A segunda fase, por outro lado, é de alta atividade e se chama REM – Movimento Rapid Eyes. E é durante a fase REM que ocorrem os sonhos, pelo menos nos adultos.
Foi em 1900, com a publicação de A Interpretação dos Sonhos, que Sigmund Freud (1856-1939) deu um caráter científico à questão. Neste controverso livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz investimentos completamente novos, definindo o conteúdo do sonho, geralmente como a “realização de um desejo”. Para o pai da psicanálise, na trama onírica está o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado), este último realmente importante. A fachada seria uma negação do superego (o censor da psique, que escolhe o que se torna consciente ou inconsciente de conteúdos inconscientes), enquanto o sentido latente, através da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.
O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, a partir da observação de seus pacientes e de suas próprias experiências, tornou o papel dos sonhos mais compreensível, revelando não apenas desejos ocultos, mas também uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio através da compensação. Em outras palavras, alguém que é masculino pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude.
Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicos interagem em sonhos em um conflito que buscam trazer para o conteúdo consciente do inconsciente. Entre esses personagens estão o anima (força feminina na psique dos homens), o animus (força masculina na psique das mulheres) e a sombra (força que se alimenta de aspectos não aceitos em nossa personalidade). Os últimos, em sonhos, são os vilões. Um aspecto muito importante ao prestar atenção aos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista do sonho (representando o ego), lida com as forças do mal (a sombra), para descobrir como, na vida desperta, a pessoa lida com adversidade, autoridade e oposição de idéias. Jung aponta os sonhos como forças naturais que ajudam os seres humanos no processo de individualização.
Ao contrário de Freud, as situações de sonho absurdas de Jung não seriam uma fachada, mas a própria maneira do inconsciente se expressar. Para o mestre suíço, há sonhos comuns e sonhos arquetípicos, vestidos com grande poder revelador para aqueles que sonham. A interpretação dos sonhos é uma ferramenta crucial para a psicologia analítica, desenvolvida por Jung.
Sonhos são cargas emocionais armazenadas no inconsciente, que projetam imagens e sons, e de acordo com Freud, como sabemos que objetos em sonhos são derivados de cargas emocionais, podemos através deles alcançar a raiz ou emoções que geraram esta imagem ou som. Se forem estudados corretamente, podem ser descritos, ou melhor, podem conhecer o momento psicológico do indivíduo. Para fazer uma analogia, poderíamos pensar em uma espécie de “fotografia” do inconsciente naquele momento. Portanto, o sono sempre demonstra aspectos da vida emocional. Nos sonhos sua linguagem é o que Freud chama de símbolos. Para entender seus diversos conteúdos, temos que reconhecer o que os símbolos representam nesse sonho. Assim como Stanislavski estudou, o simbolismo dos sonhos não é dado apenas pelo contato que o criador do sonho teve com o objeto, mas também com o personagem, ou seja, a forma como ele se relaciona sentimentalmente com as coisas de sua vida, um exemplo prático que o mar pode apresentar diferentes simbologias (que são importantes para a interpretação dos sonhos é descobrir a raiz) que variam de pessoa para pessoa (incluindo o tempo) para alguns o mar pode significar destruição (o mar destrói as estruturas deixadas na praia) mas para outras invasões (a água avança e invade o território) segundo Freud o que a pessoa sente sobre este objecto ou esta situação é fundamental para a interpretação dos sonhos.”Os sonhos são o verdadeiro caminho para o conhecimento da mente”. Portanto, as terapias psicanalíticas utilizam a interpretação dos sonhos como um recurso para “elaborar”. Carl Gustav Jung começou a dedicar-se profundamente aos meios pelos quais o inconsciente se expressa. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente em material reprimido e complexo, o inconsciente coletivo é fundamentalmente composto de uma tendência a tornar-se sensível a certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de atração universal, arquétipos.
Há outras correntes que vêem o sonho de uma maneira diferente. Os neurocientistas, em geral, afirmam que o sono é apenas uma espécie de tráfico de informações sem sentido, cuja função é manter o cérebro em ordem. Esta teoria por si só não explica como estas tramas supostamente desconexas são responsáveis por um grande insight, como no caso de Thomas Edison, por exemplo. Há muitos outros casos de revelação de sonhos em várias áreas da ciência e da arte, mas eles não impedem que os sonhos também restaurem a saúde do organismo e do cérebro.
A onipresença, uma predição do futuro através da interpretação de sonhos, tem grande credibilidade nas religiões judaico-cristãs: está escrito na Torá e na Bíblia que Jacó, José e Daniel receberam de Deus a capacidade de interpretar sonhos. No Novo Testamento, São José é avisado em um sonho pelo anjo Gabriel que sua esposa tem um filho divino em seu ventre, e depois da visita dos Magos, um anjo em sonho o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro voltar para Israel.
Na história de São Patrício na Irlanda, o sonho também aparece. Quando ele é escravizado, Patrick em um sonho é avisado de que um navio está esperando que ele retorne à sua terra natal.
No Islã, bons sonhos são inspirados por Alá e podem trazer mensagens divinatórias, enquanto pesadelos são considerados armadilhas de Satanás.
Filósofos ocidentais eram céticos sobre religião e sonhos porque diziam que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos oculares (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprovados com sonhos lúcidos, opondo-se a teorias anteriores.
Pensadores, cientistas e matemáticos como René Descartes e Friedrich August Kekulé von Stradonitz também tiveram visões reveladoras em seus sonhos. Descartes, numa viagem à Alemanha, teve uma visão de sonho de um novo sistema matemático e científico. Kekulé propôs a fórmula hexagonal de benzeno depois de sonhar com uma cobra que mordeu sua cauda. O grande pai da tabela periódica, Dmitri Mendeleiev, disse que tinha um sonho que mostrava o modelo da tabela periódica atual.
O Significado dos Sonhos
O significado dos sonhos tem sido objeto de debate e crença desde a antiguidade. Mas o lançamento do livro mais importante de Sigmund Freud, The Interpretation of Dreams, é um marco na importância dada a esses significados. Concluída no final de 1899 e publicada em 1900, esta obra faz justiça ao simbolismo da data da fronteira, pois tornou-se um marco no tratamento de doenças psíquicas, fundando a psicanálise.
Neste trabalho sobre o significado dos sonhos, o pai da psicanálise revela a existência do inconsciente, um caso até então desconhecido da psique do homem, que permitiu novas possibilidades de estudos acadêmicos e de psicanálise para seus seguidores.
De acordo com Sigmund Freud, a história explícita do sonho teria menos importância do que a simbologia que o sustenta, inseparável do desejo do sonhador. Esta simbologia seria menos explícita, mas seu significado seria de grande importância para a terapia psicanalítica. Em outras palavras, o sonho pode ser um excelente veículo para a pessoa entender seus desejos e resolver seus problemas psíquicos.
Mas a obra do Pai da Psicanálise de Sigmund Freud não é um simples dicionário lúdico e popular de interpretação de sonhos, que é a proposta do conteúdo dos sonhos deste site, mas um trabalho extremamente complexo e científico, no campo psicanalítico.
O significado dos sonhos também faz parte da cultura popular em todo o mundo. Muitos dicionários foram criados para oferecer uma interpretação mais lúdica dos sonhos cotidianos, sem pretensões científicas ou terapêuticas. E essas interpretações espontaneamente desenvolvidas são justas, e foram compondo gradualmente as crenças populares sobre sonhos, que tentamos agrupar neste espaço, para ajudar nossos leitores a interpretar seus sonhos de forma divertida, enquanto ainda se conhecem melhor.
O Que Significa Sonhar com Nomes?
Nome é uma palavra que se destina basicamente a identificar alguém ou algo. Do ponto de vista gramatical e linguístico, o nome pode ser considerado como qualquer palavra após a flexão nominal, ou seja, declinação em oposição à flexão verbal (ou conjugação).
O nome é em última análise de importância fundamental para a forma como a sociedade tem sido organizada até agora. É a forma como as pessoas se podem identificar antes dos outros, mas também para os vários serviços e procedimentos que são prestados. O registo do nome é, em última análise, um dos primeiros procedimentos burocráticos levados a cabo pelas pessoas.
Quando as pessoas sonham que estão escrevendo um determinado nome no papel ou em outro meio, é um sinal de que existe a possibilidade de reconciliação com uma pessoa com quem lutaram ou discutiram.
Quando as pessoas sonham que se esquecem dos nomes de outras pessoas, ou quando não se lembram dos seus próprios nomes, pode ser um sinal de que se sentem um pouco sobrecarregadas por algo que acontece nas suas vidas. Pode ser o ambiente profissional, mas também pode ser uma relação que não funciona.
Quando as pessoas sonham que ouvem seu nome de algum lugar sem saber exatamente de onde vem esse chamado, é um sinal de que você está passando por um momento de paz e harmonia com sua espiritualidade, que é sempre muito importante.